sexta-feira, 19 de agosto de 2011

POEMA DE FIM DE SEMANA


Vê como as aves têm, debaixo d’asa,
O filho implume, no calor do ninho!...
Deves amar, criança,a tua casa!
Ama o calor do maternal carinho!
Dentro da casa em que nasceste és tudo...
Como tudo é feliz, no fim do dia,
Quando voltas das aulas e do estudo!
Volta, quando tu voltas, a alegria!
Aqui deves entrar como num templo,
Com a alma pura, e o coração sem susto:
Aqui recebes da Virtude o exemplo,
Aqui aprendes a ser meigo e justo.
Ama esta casa! Pede a Deus que a guarde,
Pede a Deus que a proteja eternamente!
Porque talvez, em lágrimas, mais tarde,
Te vejas, triste, d’esta casa ausente...
E, já homem, já velho e fatigado,
Te lembrarás da casa que perdeste,
E hás de chorar, lembrando o teu passado...
— Ama, criança, a casa em que nasceste!
Olavo Bilac

11 comentários:

  1. That is such a marvelous image. I've translated the words, too, and they are lovely.

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  2. Que legal Berenice, resgatando o grande poeta Bilac. Lindo!

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  3. Was für ein schöner Vogel und wie lieb er seine Jungen behandelt.
    Liebe Grüße Käte

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  4. Que lindo Berê! Tantos anos não lia Olavo Bilac. Lembro muito dos meus livros de escola, que tinham grandes nomes literários. Excelente resgate!
    Ótimo final de semana e muito obrigado sempre pelas palavras tão gentis.
    Beijos!

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  5. Grazie per la visita, ho così potuto conoscere il tuo blog, ho intravisto cose meravigliose, prometto di tornare più tardi per gustarmelo con calma....
    Ciao

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  6. Grazie Bere, sei molto gentile, anch'io ti seguo sempre.La foto di questa mamma ispira amore e tenerezza, gli animali sono migliori degli uomini!
    Un abbraccio
    Vania

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  7. Grazie Bere, sei troppo gentile.
    Bellissima la foto di questo post, ispira tenerezza e amore!
    A presto
    Vania

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  8. Olá Berê, demorei mas cheguei, rs. Adorei seus trabalhos e tudo por aqui, esse poema, até li em voz alta para meu filho que está lá no qto dele, lindo, bjs.

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  9. Olavo Bilac se expressa lindamente nesse poema. Mas, como diria Fernando Pessoa:

    Eu amo tudo o que foi
    Tudo o que já não é
    A dor que já não me dói
    A antiga e errônea fé
    O ontem que a dor deixou
    O que deixou alegria
    Só porque foi, e voou...
    E hoje é já outro dia.
    Fernando Pessoa

    Parabéns pelo seu blog... e pelo dia 22/08.

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